No último final de semana aconteceu a Wondercon em San Diego. O evento contou com a presença de vários artistas do universo pop e é claro que os Power Rangers não ficaram de fora.
Peter S. Svensson que escreve para o site Bleeding Cool, esteve no painel de Mighty Morphin Power Rangers da BOOM! Studios e fez um resumão de tudo que rolou lá, Peter também é um dos coordenadores da Power Morphicon. O Mega Power Brasil traduziu pra vocês é claro. Confira.
O som familiar de Ron Wasserman (Go, Go Power Rangers), tocou na abertura do painel enquanto Walter Jones, o Ranger Preto original, Zack, subiu ao palco. Ele perguntou a platéia que horas eram. Todos sabiam a resposta, “É hora de morfar!”. Walter explicou que ele amou os quadrinhos da BOOM, pois a arte incluiu uma versão mais bonita dele.
Os membros do painel de Mighty Morphin Power Rangers - Foto: Reprodução internet |
Walter introduziu os participantes do painel: Dafna Pleban, editora de Mighty Morphin Power Rangers. Seu diretor assistente, Alex Galer. Kyle Higgins, escritor de MMPR e Jason Bischoff, Diretor da Global Consumer Products para a Saban Brands, a corporação por trás de Power Rangers.
O painel iniciou com Walter Jones perguntando qual era o Ranger favorito de cada um dos presentes. Kyle respondeu que todos são fantásticos e Walter aceitou a resposta do escritor. Kyle disse que, se fosse pressionado, ele provavelmente escolheria Jason, mas que o favorito dele muda dependendo de qual personagem ele está escrevendo, pois a parte divertida de escrever quadrinhos de Power Rangers é que ele pode mergulhar em aspectos dos personagens que o show não podia explicar por ser episódico, em oposição a um quadrinho em série mensal. Existem algumas coisas que deixaram ele muito animado a respeito de Zack. Segundo Kyle, a namorada de Zack, Angela está nos quadrinhos.
Dafna completou falando que a personagem ama todos os Rangers. Ela sempre tentou encontrar um modo de fazer Billy sofrer mais nos quadrinhos, faze-lo ficar triste, pois é assim que ela mostra sua afeição.
Alex admitiu orgulhoso que, sempre que tinha a chance, se vestia de Ranger Verde quando criança. Ele ganhou um capacete do Ranger Azul e pintou ele de verde, o que era o mais próximo que ele conseguia chegar. Mas o Ranger que ele mais gosta depende do episódio que ele está assistindo. Ele assistiu o episódio com Slippery Shark (Episódio 56 de Mighty Morphin Power Rangers) e amou o Ranger Vermelho, Jason, nesse episódio. Ainda assim, ele provavelmente gosta mais de Bulk e Skull.
Walter sorriu e admitiu que “Eles são o máximo. Vocês tem de dar o crédito a Paul Schrier e Jason Narvy. Que interpretaram os personagens como alívio cômico por Anos".
Walter perguntou também como eles se sentiram trabalhando com Power Rangers, já que eles cresceram com a série.
Jason Bischoff disse que tem sido uma loucura, já que ele começou a trabalhar com a Saban Brands a apenas sete semanas. Se essa convenção tivesse acontecido a oito semanas, ele estaria em meio a plateia com o resto dos fãs se a vida não tivesse dirigido ele nesse caminho. Ele não era o tipo de fã que se graduava de assistir o show, ele assistiu todos os episódios e todas as temporadas até então. “Tem sido louco estar do outro lado da moeda do poder!” disse ele. Então ele admitiu que passou tempo demais planejando essa frase. Mas ele está excitado em trabalhar com as criações chave da Saban e da Boom. “Eu comprei essa edição em Dezembro e eu achei que seria exatamente algo para qual eu escreverei. Então eu estou animado de estar aqui”.
Kyle tinha aproximadamente 8 anos quando o show estreou, na terceira ou quarta série. Ele sempre foi um grande fã de super heróis, então ele acompanhou a série por alguns anos mas eventualmente parou. Mas, como um escritor de quadrinhos profissional, ele sempre via pessoas fazendo cosplay de Rangers nas convenções que frequentava. Essa devoção e entusiasmo reviveram seu interesse pela série, fazendo com que ele passasse noites no buraco negro do Youtube assistindo clips de episódios e entrevistas. Ele está escrevendo os quadrinhos baseado no sentimento de assistir Power Rangers enquanto criança. Em vez de escrever o que realmente era, ele se apega a estética do que ele acreditava ser o show, o que era interessante sobre ele. “Até então, vocês estão gostando.”
Para Dafna, Power Rangers era um show que seu irmão mais novo amava, então ela assistia enquanto cuidava dele. Enquanto ela passava o tempo com sua família em Israel, era o único show que era transmitido em Inglês, então, como o hebraico dela era fraco, o show era sua única conexão com o lar. Seu avô levou ela para ver o filme de MMPR no cinema, mas estava dublado em hebraico, tirando a única coisa que ela entendia! Mas os visuais eram evocativos mesmo quando a linguagem não era clara. Ela também adorou ler os quadrinhos importados da América pela mesma razão, de dar a ela uma conexão com o lar, então, combinar ambas essas paixões da infância era ótimo.
Alex explicou que, quando criança, Power Rangers era tudo que ele queria. Diversão, super-heróis, monstros incríveis e Zords. Sempre que podia ele convencia os pais a leva-lo ao Toys Rus (famosa loja de brinquedos), geralmente vestido de Power Ranger. Ele se distanciou um pouco do show depois de "Turbo", mas agora ele está assistindo os episódios para conferir o canon, o que ele pode fazer para contribuir para uma continuidade maior, é uma experiência que está mudando sua vida.
Kyle perguntou a Walter como ele se sentiu por estar conectado a franquia Power Rangers desde sua concepção, que está recuperando popularidade agora que as crianças que assistiram se tornaram adultos. Ainda assim ele parece ter a mesma idade.
Walter explicou que é "bizarro", que um show que foi ao ar 23 anos atrás, com um piloto em 1993, aonde quer que ele vá, não importa o país, ele encontra alguém que o reconhece e diz “Eu cresci com você!”. Ele está feliz de encontrar tanto carinho e de ter feito as pessoas felizes. E que o show deve continuar.
Sobre a venda dos quadrinhos, Dafna comentou que a BOOM imaginava que só vendessem 2.000 ou 3.000 cópias dos quadrinhos. Mas foram vendidas de 30.000 a 40.000 exemplares, o que significa que a companhia inteira, por uma semana, não fez nada após o expediente a não ser empacotar pôsteres, adesivos e outros produtos para enviar.
Walter explicou que ele participa de várias convenções de quadrinhos, e que vários fãs pediram a ele para assinar as capas de Ranger Preto da edição 0, o que tem sido excitante para ele. Os quadrinhos estão introduzindo uma nova geração a Power Rangers. Como um pai de duas crianças, de 12 e 8, ele diz que elas estão interessadas nos quadrinhos.
Kyle explica que a força principal da franquia Power Rangers, particularmente de Mighty Morphin, é contar história sobre a força e o poder do trabalho em equipe. Esses são os melhores aspectos de uma história de super-heróis: poder e responsabilidade, suportar o peso do mundo, combinado com o drama do ginásio, são todos aspectos que fazem uma fantástica história do Homem-Aranha, assim como de Power Rangers. Explorar esses aspectos sob essa luz tem feito os quadrinhos ressoarem com os fãs até então. Enquanto algumas coisas, o foco continua no Rangers e é isso que os faz tão bons.
Walter apontou que a parte que fazia os Rangers tão legais era a diversidade, que todos tinham diferentes personalidades, com muitos aspectos positivos, fazendo com que eles fossem pessoas muito diferentes. Nessa nota, ele perguntou a Kyle sobre quais personagens ele está interessado em usar.
Imediatamente, Kyle explicou que, quando ele começou a projetar o primeiro arco, ele perguntou se podia usar Scorpina. Ela não aparecia muito no show e apareceu aparentemente do nada durante "Verde de Raiva", a minissérie que introduziu o Ranger Verde, mas o design dela era ótimo. “Eu sou apaixonado por personagens secundários. Meus super-heróis favoritos são o Asa Noturna, o Soldado Invernal e Aranha Escarlate, personagens que estão em um segundo plano.”
Scorpina era uma assassina mortal de Rita que não foi utilizada integralmente, o que a torna algo bastante interessante para Kyle. Assim como ela, Goldar não estava na edição 1. Seu paradeiro é um mistério. Mas, enquanto ele adora explorar o lado dos vilões, outra paixão grande é explorar a vida pessoal do Rangers. Como um exemplo, poder passar tempo com Tommy enquanto ele está em casa é algo que o show não pôde fazer. Especificamente, tem uma cena na edição 2 que começa com Billy e Trini, a cena da página três se tornou a favorita dele, apenas dois personagens conversado. “Poder mergulhar nessa pessoas como pessoas é o que me atrai.”
Scorpina da BOOM! Studios - Foto: Reprodução internet |
Em seguida, os presentes comentaram como está sendo a reação dos fãs com o retorno de Mighty Morphin Power Rangers.
Alex explicou que tem sido “O retorno de um velho amor”. Fãs estão excitados de voltar a esse mundo, de ver as relações entre os personagens evoluírem, com mais cenas na escola sem os uniformes.
Dafna concordou, explicando que nos quadrinhos é possível ver os Rangers enquanto eles não estão lutando, como eles interagem entre si enquanto treinam ou estão aproveitando a companhia como amigos.
“As lutas ainda estão lá”, afirmou Kyle, para alívio dos fãs.
Walter perguntou se Zack ainda faz Hip Hop Kido, sua arte marcial dançante.
Kyle: “Ele ainda faz Hip Hop Kido. Mas agora ele pode fazer isso no Mastodonte.” Uma das vantagens dos quadrinhos é não ser refém do orçamento. Os quadrinhos não estão tentando fazer um show ao vivo, mas sim elevar o potencial da história. Onde as cenas entre Billy e Trini acontecem irão surpreender os fãs. É um testamente ao artista, Hendry Prasetya, pois ele consegue construir cenas com personagens falando sobre suas relações pessoais, assim como cenas de pura ação. Equilibrar essas duas coisas é muito difícil. Existem artistas que são ótimos em ação, mas não são fantásticos com momentos mais íntimos dos personagens. Existem aqueles que são ótimos em drama, mas não conseguem fazer coisas extraordinárias. “Não somos afortunados por termos encontrado Hendrick.”
Dafna continuou a explicar que eles sugeriram uma pagina com os Rangers andando junto na escola como um teste para potenciais artistas, Hendrick acertou em cheio, trazendo vida para cada cena. A página e o outro teste, a transformação dos Rangers, foram mostradas na tela. Ela apontou a figura dos Rangers andando pelo saguão da escola da Alameda dos Anjos como o grupo de estudantes mais legais que você já viu.
Kimberly ganhou um quadrinho exclusivo - Foto: Reprodução internet |
A outra parte do bate-papo sobre a nova minissérie onde a Ranger Rosa é o destaque. Walter Jones estava empolgado com o lançamento.
Jason Bischoff contou a história de como ele conheceu a série (da Ranger Rosa). Como ele era novo no trabalho, ele ainda não estava ciente que que a minissérie estava em a caminho. Então, enquanto ele estava no aeroporto, depois de participar da New York Toyfare, explodiu de entusiasmo checando o Twitter. Ele tinha de contar a sua colega de trabalho, Trina Smith, chefe da equipe de desenvolvimento de produtos, mas ela estava dormindo. Ele estava impressionado que os quadrinhos iriam se estender além dos limites do show. A minissérie irá brincar com a mitologia e resolver o problema de como eles podem contar uma história após Kimberly ter deixado os Rangers, mas permitindo que ela recupere seus poderes.
Houve uma conversa acalorada entre BOOM e a Saban Brands onde ambas as companhias estavam "nerdeando", olhando diferentes partes da mitologia do show através dos anos atrás do que eles poderiam usar como uma ferramenta de enredo. Acontece que tem uma pessoa responsável por manter a bíblia da série, toda a continuidade de 23 temporadas do show, e ela tem trabalhado com a BOOM para ter certeza que tudo encaixe.
Dafna comentou que é como se o departamento de fantasias estivesse dando acesso a todo o seu armazém de itens para que eles pudessem contar uma história emocionante.
Jason Bischoff continuou a se maravilhar sobre a riqueza das capas (Ranger Rosa). “É ótimo ver o IP sob um novo estilo artístico.” Ele tinha umas lista com alguns artistas que ele desejava que fizessem a capa da minissérie da Ranger Rosa antes de ele trabalhar para a Saban Brands. Em particular, uma pessoa que desenha para um livro com personagens de orelhas pontudas.
Bischoff continuou, “A verdade disso tudo é que eu sou um fã eterno dos Rangers.” Enquanto MMPR tem um lugar especial em seu coração, ele é fã de toda a mitologia. A continuidade interconectada que se entende por 24 temporadas. As fibras que ligam as temporadas que constroem uma saga gigantesca. E agora, com a eminencia do filme da Lionsgate na próxima primavera, o interesse geral na franquia tem aumentado. Na Toyfair, ele encontrou 23 pessoas de diferentes companhias para conversar a respeito de brinquedos e colecionáveis, e cada um deles se comprometeu em divulgar o filme. “Todo mundo está excitado com esse filme e todos os barcos sobem com a maré. Mighty Morphin está aqui.” Ele disse, que o sucesso do filme também significa sucesso para os quadrinhos.
As capas para a edição 5, com o Ranger Preto, foram mostradas. A capa principal era uma grande e espectral Rita empurrando e puxando o Ranger Preto, enquanto os outros Rangers tentam resgatá-lo. A capa secundária é uma peça simbólica focada no Ranger Preto. Walter Jones estava muito animado sobre isso.
Kyle explicou que a edição 5 será um meio de trazer novos leitores com uma one-shot, lidando com o passado da equipe antes da chegada de Tommy, uma história da qual Zack é uma parte importante, explicando por que ele é um membro central a equipe. Ele teve esse ideia brilhante respeito de Zack e a Saban aprovou a edição. Nela, algo chocante será revelado. Kyle apontou que a capa com Rita de olho em Zack é uma grande pista.
Walter estava excitado, não apenas por que os quadrinhos permitem que ele conte histórias de Power Rangers sem se preocupar com cenário e orçamento, para contar novas aventuras, mas também a grande variedade proveniente de diferentes artistas.
Os fãs presentes perguntaram se houve influencia do material japonês - Foto: Reprodução internet |
A seção para que o público fizesse questões foi aberta logo em seguida. A primeira foi para Kyle e Walter sobre se eles foram influenciados pelo material original japonês de Mighty Morphin Power Rangers, Zyuranger?
Walter explicou que na audição, ele não foi informado que o show era derivado da filmagem japonesa. Ele não foi contratado para uma adaptação, ele foi contratado para ser Zack, o Ranger Preto. Depois que o show foi ao ar, um ano após o piloto de 1993, o elenco viu algumas filmagens de Zyuranger. E, enquanto a equipe trabalhava para se adequar ao estilo das filmagens japonesas para facilitar as transições, as histórias eram originais e tinham seu próprio rumo.
Kyle começou com “Eu não vi muito. Eu assisti alguns clipes da luta original entre os Rangers Vermelho e Verde, o final de Verde de Raiva. Eu não sei qual é o episódio correspondente no original, mas foi bem legal. É algo que eu gostaria de olhar com mais atenção, talvez eu goste. Parece mais sério.”
Outro fã perguntou se, já que Zack e Trini não receberam tanta atenção quanto os outros Rangers, teriam mais histórias centradas na Trini?
Bischoff respondeu com “Se liguem na minissérie da Ranger Rosa.”
“Na minha série, definitivamente. Todos terão sua própria história. Elas estão todas conectadas.” Explicou Kyle. Ele comparou os Rangers a um grupo de amigos, no qual diferentes pessoas interagindo terão uma dinâmica diferente, é o que ele está tentando explorar. A conversa entre Billy e Trini comentada anteriormente, e algumas coisas com Zack na edição 2 e 3 levam aos acontecimentos da edição 5.
Dafna completou “Sim, tem um grande foco em Trini e Zack. Assim como uma cena entre Trini e Tommy a caminho.”
Kyle admitiu que Trini, apesar de não ser sua personagem favorita, se tornou a mais interessante de se escrever. A edição 3 irá apresentar mais sobre a família dela e algumas das histórias mais adiante, e como isso se relaciona com Tommy será divertido,
Outras perguntas também foram feitas no painel:
Nós veremos Lord Zedd e Ivan Ooze nos quadrinhos?
Kyle: “Eu amo Lord Zedd. Eu gostaria de brincar com ele um pouco.” Kyle então percebeu o quão estranhou foi o que ele falou. Não há nada no futuro próximo, já que o próximo ano de quadrinhos já tem um enredo bem definido, mas há uma possibilidade.
Como é estar em Power Rangers? Qual era a perspectiva do show?
Walter: “Eu diria que é mais sobre positividade, bem contra o mau. Uma das melhores coisas sobre o show era que ele tinha uma mensagem positiva de trabalho em equipe, não ser um valentão. Era um sentimento maravilho tomar parte em transformar o mundo em um lugar melhor. Nós sempre tentamos fazer jus a isso.”
Uma fã da Ranger Rosa falou sobre como a Jem, da IDW, e os quadrinhos da Holograms tornaram Stormer e Kimber lésbicas, e estava se perguntando se os quadrinhos de MMPR pretendiam fazer algo similar, não necessariamente tornando os personagens LGBT, mas modificando eles de alguma forma em relação ao show.
Kyle: “Eu não estraria escrevendo se não pudesse fazer isso. Levar os personagens além dos limites convencionais.” Como disse Dafna anteriormente, ela gosta da ideia de colocar personagens fora de suas zonas de conforto e fazê-los passar o inferno para ver como eles reagem. É difícil encontrar as situações mais difíceis sem tornar o livro sombrio ou em uma distopia.
Jason adicionou que gosta como Tommy é assombrado pelas memórias do que ele fez sob o controle de Rita nos quadrinhos.
Dafna explicou que eles estão escrevendo personagens e levando eles a sério, e que não estão fazendo dos quadrinhos uma peça de pura nostalgia ou de puro horror. A série é sobre trabalho em equipe e amizade e eles não estão interessados em criar um homem onde heroísmo não é recompensado.
Iremos ver Rangers substitutos, Rocky, Aisha e Adam, aparecerem nos quadrinhos como personagens antes de se tornarem Rangers?
Kyle: “Eu acho que seria bem legal.” Ele continuou dizendo que o quadrinho tem sua própria continuação e que os eventos podem acontecer de uma forma diferente do show.
Você sente falta de ser um Power Ranger?
Walter: “Eu sou sempre um Power Ranger! Eu não sinto falta, eu sou um.”
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